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Sou advogado e nunca tive dúvidas sobre minha vocação. Mesmo quando eu era criança, durante os desentendimentos com meus familiares, eram comuns as notificações “solenemente escritas” para deixar o quarto ou devolver um objeto. Na adolescência, as perspectivas típicas da minha geração e a minha carreira diplomática, por exemplo, não estavam descartadas. Mesmo assim, a opção pelo curso de Direito parecia já estar traçada.
Hoje, como advogado criminalista dos mais destacados do país, especialidade escolhida nas salas de aula da Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo, sob a influência de alguns de meus “mestres”, eu digo: “Não somos nós que escolhemos a advocacia criminal. Ela é quem nos escolhe. Destacar-se nesta área, portanto, é sempre surpreendente”, ressalto.
“Além disso, não se trata da escolha do mesmo segmento profissional ao qual pertenço. Trata-se do reconhecimento de toda a comunidade, representada por uma comissão verdadeiramente eclética. Significa ter ultrapassado as fronteiras do meu círculo profissional, alcançando reconhecimento público de toda a comunidade”, orgulho-me.
Na minha opinião, a advocacia criminal, atualmente, mudou muito e foi-se o tempo em que esta área se limitava à defesa em crimes violentos. “Hoje, há advocacia criminal em matéria administrativa, tributária, financeira, nas relações de consumo, no trânsito, o que representa um grande campo para a atuação de profissionais que apresentem boa versatilidade.”
Ressalto, que o júri ainda é uma vitrine e a oratória a mais explícita demonstração da minha capacidade de argumentação e poder do improviso. Mas como em toda profissão, a de advogado, sobretudo na minha área de atuação, tem seus obstáculos. Para mim, a advocacia criminal não se firma de um dia para outro porque os atalhos, normalmente, podem levar aos abismos.
“É preciso ter paciência, insistência, perseverança. Nem todos têm condições de aguardar o amadurecimento exigido, tomando outros caminhos de resultados mais imediatos. Creio ter sido esta a maior dificuldade, que entendo superada pelo apoio dos meus familiares e, noutra fase, pela compreensão e solidariedade do meu pai”. “Cada caso é um caso diferente e um novo desafio.
Não há rotina e isso faz da advocacia criminal algo excitante”, ressalto. Ele destaca que a postura, a abordagem de um assunto, o estilo e a estratégia de atuação são características peculiares que podem diferenciar um profissional do outro.
“Nenhum advogado é igual a outro. Cada um tem uma história e experiência de vida diferente”, justifico, acrescentando que sempre procuro ser solidário e dedicado ao cliente, ético com o adversário e colegas, e leal nas relações com juízes, promotores, delegados de polícia, entre outros agentes e autoridades.
“Faço isso tudo com abnegação e dedicação sem limites. “Ainda pertenço ao quadro da diretoria de diversos segmentos jurídicos no Brasil e no mundo.” E sobre o meu futuro quando me perguntam, eu ressalto que sempre há novos projetos na minha vida. “Não sou do tipo que encontrará o dia em que as coisas estejam prontas e acabadas”.
E destaco a importância de aprimorar o padrão de excelência profissional, crescer ainda mais, instalando sucursais do meu escritório no interior e em outros Estados.
Entretanto, eu considero que essa nova fase profissional deverá estar acompanhada da preocupação com a minha saúde e com a minha qualidade de vida. “Até então, esses aspectos por incrível que pareça, estiveram esquecidos.”
Parte integrante do livro a ser lançado: “Biografia de um advogado – 1ª edição – Editora Record”